No Brasil, o aborto por interrupção voluntária da gravidez não é permitido por lei. O assunto é espinhoso e desperta opiniões contrárias em diferentes setores da sociedade. Há quem defenda sua legalização, há quem discorde totalmente.
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Enquanto a legalização do aborto continua sendo um tabu no Brasil, o Reino Unido já decidiu a questão há muitos anos. O aborto no Reino Unido – com exceção da Irlanda do Norte – foi legalizado em 1967, com a assinatura do Abortion Act, um ato do Parlamento que passou a permitir o procedimento em hospitais e clínicas legalizadas, sob algumas condições. Continue lendo nosso post e saiba como o Reino Unido lida com essa questão tão importante para a saúde da mulher.
 

O que diz a lei britânica

Na Inglaterra, na Escócia e no País de Gales, é permitido fazer um aborto até a 24ª semana de gestação. No entanto, 90% dos procedimentos são feitos, no máximo, até a 13ª semana. Em casos excepcionais, em que houver risco de morte para a mulher, ainda é possível fazer o aborto depois da 24ª semana.
A lei diz que nenhuma mulher é obrigada a levar a termo uma gravidez indesejada, caso seja atestado que isso é prejudicial à sua saúde física ou mental. No Reino Unido, à exceção da Irlanda do Norte, mesmo as menores de 16 anos podem pedir a interrupção da gravidez, mas, nesses casos, os profissionais de saúde vão aconselhar que os pais da jovem também participem da tomada de decisão.
 

Como é o processo?

O primeiro passo é procurar um centro de saúde do NHS National Health Service, para uma consulta com um clínico geral. O médico vai fazer os testes iniciais e, depois, encaminhar a mulher para um ginecologista de um hospital público, onde o aborto será feito sem nenhum custo. Será necessário o aval de dois médicos para que tudo seja feito legalmente. Quanto mais cedo o procedimento for feito, mais seguro é o aborto para a mulher, por isso ela deve procurar atendimento o quanto antes.
Além dos hospitais públicos, há clínicas legalizadas que fazem todo o procedimento, mas nelas o aborto não sai de graça. Até a 9ª semana de gravidez, a interrupção pode ser feita com pílula abortiva e custa cerca de 500 libras esterlinas. Depois da 19ª semana, um procedimento cirúrgico com anestesia geral sai por volta de 2.000 libras esterlinas.
 

O que diz a lei na Irlanda do Norte

O Abortion Act, assinado em 1967, não tem validade na Irlanda do Norte, onde o aborto continua sendo considerado crime. Lá, o aborto só é legalmente permitido se comprovado que a gestação pode causar a morte da mulher. Nada impede, no entanto, que as mulheres da Irlanda do Norte viajem até a Inglaterra, Escócia ou País de Gales para interromper uma gravidez indesejada.
 

Mais informações sobre o aborto no Reino Unido

Em 2014, foram feitos 184.571 abortos legais na Inglaterra e no País de Gales, número 0,4% menor do que o ano anterior, segundo dados do governo britânico. As idades das mulheres atendidas variaram entre 15 e 44 anos, e 92% dos procedimentos foram feitos até a 13ª semana de gestação. Do total, 51% dos abortos foram feitos por meio de pílulas abortivas, e 49%, por procedimento cirúrgico. As justificativas médicas, em 98% dos procedimentos, levaram em conta a preservação da saúde mental das mulheres atendidas.
Em 2014, o número de abortos feitos em hospitais e clínicas legalizadas em mulheres que não residiam na Inglaterra ou no País de Gales foi de 5.521. A maioria dessas mulheres não residentes eram irlandesas.
Apenas 330 casos de complicações por aborto foram registrados pelos hospitais e clínicas do Reino Unido em 2014, de um total de 184.571 procedimentos. No relatório estatístico do Departamento de Saúde, não constam registros de mortes.
O aborto é um assunto polêmico e delicado e precisa ser discutido com responsabilidade e conhecimento das argumentações contrárias e favoráveis. Independentemente de suas convicções religiosas e morais, vamos gostar muito de saber sua opinião! Você concorda com a legislação sobre o aborto no Reino Unido? Deixe seus comentários no blog e aproveite para assinar nossa newsletter!

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