Londres?
 
Continua lá, majestosa, elegante, interessante e cada vez mais generosa, agregando todos os povos sem qualquer distinção, oferecendo toda sua cultura e toda sua experiência histórica.
Londres continua mudando a vida de muitos imigrantes que lá residem.
Londres ensina muito e conquista a todos.
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Não se trata de um amor a primeira vista, é necessário tempo para, primeiro, percebê-la, senti-la, entendê-la e, por fim, amá-la.
Londres pode não ser eterna como Roma, não possuir as luzes e o romantismo de Paris, a importância de Nova York e os encantos tropicais do Rio de Janeiro.
Mas, definitivamente, pra quem a conhece bem, é a cidade mais madura do mundo! E, com a maturidade, por óbvio, vem todo o amor acolhedor e compreensivo, que só lá existe em tal intensidade.
Difícil definir um lugar tão complexo e fantástico como a cidade de Londres, ou Londra, como os romanos a batizaram há 2.000 anos.
Mas é sobre essa saudade de Londres que digo e sinto:
Saudade do vento gelado na saída de metrô.
Do farto e deturpado injustamente “english breakfast”, que, acreditem, não é ruim!
Da sagrada “pint” após um dia laborioso.
Da grama sempre com um verde vivo e saudável saciada pela freqüente garoa.
Caetano Veloso em seu exílio e acometido pela solidão e pelas pressões da época compôs, por um “brainstorming”, a bela canção “London, London” citando o “green grass, blue eyes, grey sky”.
Imagino que tal menção tenha sido inspirada quando ele caminhava pelo Hyde Park solitário e introspectivo, ao contrário de Gil que se deleitava com os revolucionários festivais de música na ilha de Wight…
Mas, em verdade, é através desta introspectiva solidão londrina que se conhece a pessoa mais importante de sua vida: Você mesmo.
Sim, Londres proporciona o autoconhecimento.
Sir Samuel Johnson, um dos maiores e conceituados escritores da língua inglesa e sobretudo um arraigado londrino a definiu em poucas palavras, “Quando um homem está cansado de Londres, ele está cansado da vida, porque há em Londres tudo que a vida pode proporcionar”…
Me encontrei pela primeira vez em Londres, lá me conheci profundamente, percebi todos meus os meus limites, físicos e psicológicos, e decidi quem eu mesmo seria dali em diante.
Mas, a vida, a saudade inevitável da minha ex namorada – hoje noiva – amigos, os deveres e o destino me devolveram ao berço pátrio.
Contudo, confesso, Londres “got me, mate” deixei um pouco de mim lá e o pedaço dela trago comigo, faz parte de mim, e este pedaço sempre se manifesta em dias frios e chuvosos…como hoje.
Por fim, não poderia deixar de mencionar uma frase que meu saudoso pai sempre dizia “tenho certeza que já andei por aquelas belas florestas da Inglaterra.”
A ida, a volta e a vida com seus encontros, desencontros e reencontros…seus mistérios, suas profundas paixões inexplicáveis…como a minha pela cidade de Londres.
Saudades de Londres.
 
Texto de Arnaldo Garcia Miguel Jr.

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11 Comentários

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  1. Olá, sou o autor do texto. Gostaria de saber onde leio os comentários dos leitores?
    Obrigado!
    Abraços

  2. Para minha surpresa, me emocionei com o texto. Moro em Londres e como todo brasileiro sinto saudades do Brasil. Mas amo demais Londres e sei que sentiria muitas saudades se um dia eu deixasse esse lugar.

  3. Amei o texto , me emocionei e compartilho do mesmo sentimento . Apredi a amar Londres e hoje sinto muitas saudades . Ja se passaram 5 anos que a deixei e espero em breve poder voltar a minha Londres querida !!!

  4. Parabens pelo texto Arnaldo, Londres é realmente maravilhosa.
    Eu tambem morreria de saudades se um dia tivesse que partir desse lugar.

  5. Arnaldo
    Você conseguiu colocar em letras o que sinto nesses 2 meses que cheguei de Londres. O retorno foi muito difícil. Morei seis meses e senti e pensei da forma como descreveu no texto.
    Não que não goste do meu país, mas lá me encontrei, olhei para dentro de mim e o melhor de tudo, a sensação de liberdade.
    Não me arrependo de ter ido para Londres ao invés de Nova Iorque.
    Parabéns !!!
    Rosane

  6. Gostei muito desta página. Estive em Londres no Natal de 2014 e fiquei apaixonada por essa cidade. Tenho amigos que moram em Londres e estão felizes.

  7. Arnaldo, gostei muito seu texto. Você transmitiu bem o porquê da saudade que a gente sente de Londres, mesmo depois dos perrengues iniciais. Concordo plenamente quando você diz “Não é um amor à primeira vista”. Não é mesmo. A gente demora um pouco pra se apaixonar, mas depois que a cidade se revela para nós, a paixão é para sempre!
    Eu costumo dizer que morar em Londres é coisa pra profissional, não é pra amador! 🙂

  8. Excelente! E, após quase dez anos naquela cidade perfeitamente “cinzenta”, sinto exatamente a mesma saudade que, para muitos, é inexplicável.